Blog do Marcelo Maia

Sobre o apego


É errado ter sentimentos por coisas, animais, objetos e até mesmo pessoas? Diz a sabedoria que sim, é errado. Mas eu tenho sentimentos por quase tudo, eu me apaixono por tudo. Então eu estou errado? Será que sou maluco? Se observarmos de forma fria e simplista sobre o tema, eu seria um maluco todo errado. Talvez até seja. Mas eu fiquei refletindo sobre esse assunto em relação à dificuldade que tenho em me desapegar de quase tudo. Reparei que o meu apego está basicamente ligado a dois tipos de sentimentos, o amor e o medo. Muitas coisas eu acabo me apegando pelo receio de não ter quando eu necessitar. Vou guardar porque eu posso precisar depois. Normalmente esse depois nunca chega. Algumas coisas fazem sentido, outras é exagero mesmo. Tipo aquela sucata de parafusos, porcas e arruelas que temos em um potinho junto das ferramentas, faz todo sentido, isso sempre me serve nos pequenos reparos em casa. Tem coisas que a gente encontra nas faxinas que nem a gente lembra mais pra que serve e nem porque guardou. Mas, o apego pelo amor, esse vem carregado de lembranças, recordações e bons sentimentos. Muitas vezes são objetos que nos fazem recordar de um momento bonito de nossas vidas, ou de uma pessoa querida, ou uma conquista importante. Não creio ser errado se apegar a esses sentimentos, eles nos fazem lembrar que naqueles momentos, nós fomos felizes e, muito provavelmente, ainda somos felizes porque existiram aqueles momentos que serviram para forjar a pessoa que sou hoje. A vida é feita de momentos, não acho errado me lembrar deles. Muito menos, acho errado me lembrar de momentos que tive ao lado das pessoas que foram muito queridas e importantes na minha vida. Se sou quem sou, foi porque tive todos os momentos vividos e gosto de lembrar deles. Algumas vezes, temos que liberar espaços nas estantes e nas memórias, para que continuemos vivendo e seguindo nossa jornada, e fazemos isso, com muita maturidade e carinho. Com a idade, passamos a querer que nossos entes queridos recebam e guardem com carinho algumas coisas, mas nem sempre são recebidos do jeito que gostaríamos. Não fique triste ou bravo por isso, é que quem está recebendo não viveu aquele momento e, na maioria das vezes, aquilo é só um objeto velho, o amor está dentro do seu coração e você não consegue colocar lá. Às vezes, conseguimos contar a história e sensibilizar a outra pessoa e ela poderá guardar o carinho e o interesse histórico do item, mas nunca o amor da lembrança. Marcelo Rodrigues Maia Pinto 20/10/2024

Árvores Grandes tem raízes profundas!

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the interior of a large building with wooden pews

Fugindo da tirania e da miséria, juntaram o pouco que restara e partiram. Foram em busca de um recomeço, de uma chance de sobrevivência, ou, quem sabe, de um futuro, uma vida melhor. Longe da terra natal, longe dos parentes e amigos. Fundaram cidades, promoveram sua cultura e prosperaram nas terras longínquas. Quem foram esses desbravadores? Os seres humanos. É assim que se formou o mundo que conhecemos. Entre a barbárie e a sofisticação, entre ódio e amor, entre guerras e paz, entre escravidão e liberdade. Assim é o ser humano. Um animal selvagem que é capaz de construir civilizações e tecnologias fantásticas, mas tem o espírito da maldade e destruição. Não são todos, mas os poucos que existem são capazes de tudo para dominar e conquistar o poder. Quando alcançam, destroem tudo a sua volta, inclusive quem os apoiou. "Não existe honra entre bandidos." Já informava a sabedoria popular. A ilusão da riqueza e do poder dura somente uma geração, em seguida vem a violência e a miséria. Assim gira a roda da existência humana. Por mais que não gostemos das guerras, são elas que trazem à tona toda a miséria humana, desde os instintos mais primitivos necessários à sobrevivência, até o uso do que existe de mais sofisticado para a conquista da paz. Aquela paz da exaustão, de sentimentos destruídos, de terra arrasada. Onde derrotados enfretarão a humilhação da derrota e os vencedores formarão uma multidão de desvalidos que se unirão em torno de um único objetivo: a reconstrução. Assim se formará uma nova nação, que prosperará na paz até que as famílias percam sua importância e o egoísmo tome conta dos indivíduos. A ganância desmedida por poder e glória de egos descontrolados, aflorará o que existe de pior no ser humano. E como um câncer, vai produzindo degeneração das células formadoras do tecido social, a família. Segue-se a perversão e depravação dos indivíduos, tomados por tédio e loucura proporcionada pela vida fácil e tranquila dos tempos de paz e prosperidade. Quando todo o corpo da nação é tomado, não adianta tratamento, ou se morre da doença ou do tratamento. A roda vai girando, hora estaremos por cima e hora estaremos por baixo. Estamos retornando aos momentos de barbárie, o que vemos hoje não é diferente do que ocorreu a milhares de anos atrás. As proporções talvez sejam diferentes, mas a miséria humana é igual. Quando nos despimos de nossas vestes atuais, ficamos iguais nossos ancestrais, não é possível, nús, sermos mais sofisticados ou modernos do que já fomos. Podemos ver que a evolução humana não é homogênea e nem disseminada, mas individual. Um caminho de serviço, contemplação e desfrute daquilo que é justo, belo e bom em meio ao caos de todas as jornadas únicas. Ter sabedoria e consciência de que servir de forma honesta e desprendida é a única forma de atingir a plenitude da existência, fazer o bem e receber o bem. Tomar partido e unir-se às causas justas e boas, participar ativamente da sociedade. Marcelo Rodrigues Maia Pinto 17/12/2024.


Marcelo Maia

Rio Grande do Sul


Sou gaúcho de coração.
Dois Irmãos eu escolhi por paixão.
Encantadora cidade, agora o meu chão.
Onde combina desenvolvimento e tradição.
 Nasci em Brasília, ganhei o Brasil por profissão.
 Morei no Rio de Janeiro e até no Maranhão.
Me juntei com essa gaúcha que ganhou meu coração.
  Sou pessoa comum, gente de família igual você Cidadão.
Sou administrador de formação.
Também professor de matemática por opção.  Tenho 4 pós graduações.
Mais de 25 anos de experiência trabalhando em Gestão.
Gosto de acompanhar a política da nação.
Nesse momento vejo como missão,  participar, dando a minha contribuição, trazendo o município de volta ao seu Cidadão.
É o que eu quero, viver em Dois Irmãos, com orgulho de grandes realizações, para que Dois Irmãos viva para sempre em nossos corações.



Paz!


A doçura da paz. Nem sei onde li essa frase. Sentado aqui no degrau da varanda pegando um solzinho pra esquentar, fiquei tentando imaginar o gosto da paz. Comecei pelo doce. Uhm, doce de menos fica sem graça, doce demais é repugnante. Acho que não é doce. Azedo, quem sabe, só de imaginar já deu arrepio. Certamente não é azeda. Salgado? Será? Particularmente o meu sabor preferido, gosto dos salgados. De forma bem natural já fui logo imaginando aquela carne de churrasco com uma camada de gordura bem tostada e a carne mal passada. Eita, deu água na boca. Esse também não é o sabor da paz, gera desejo, ansiedade e tira totalmente do foco. Assim não é a paz. Daí fiquei algum tempo tentando imaginar o que seria um sabor que descreveria a paz. Água, inodora, insípida, incolor, mata a sede. Esse seria um bom candidato, mas absolutamente sem graça. Mas tem muito sentido, quando você está com sede, você bebe uma água fresca e tem a sensação de calma, relaxamento. Combina bem com a paz. Você precisa da água pra viver, da paz também, você pode tomar bastante água, se for em excesso, você elimina, a paz não, você ficará entediado com excesso de paz. Pensando bem, a paz tem gosto de chá, pode ser quente, gelado, morno, puro, com açúcar, com mel, com limão. É isso, a paz é individual, pode ser água pura, quando você está estressado e sedento por calma, você bebe paz e se sentirá melhor. Normalmente você não está no extremo, então você toma paz com sabor, sabor de mate, no chimarrão, sabores de frutas nos chás gelados, sabores de ervas no chá das cinco, e assim por diante. Então, que todos nós tenhamos chá, chá de paz no nosso dia a dia. Marcelo Rodrigues Maia Pinto 30/12/2024.



Catanoiak


O Catanoiak é uma embarcação experimental desenvolvida por Marcelo Rodrigues Maia Pinto, com um design inovador de casco em W. O objetivo do projeto é minimizar a geração de ondas laterais durante o deslocamento, fenômeno conhecido como "bigode". A ideia é que esse design melhore a eficiência e a estabilidade da embarcação. Um protótipo em escala reduzida foi criado em 2012, obtendo resultados promissores em seus testes.